quinta-feira, 23 de abril de 2009

O Nome da Rosa

O filme retrata o período da Idade Média, assim sendo, focaliza o advento da ascensão do Cristianismo, mais precisamente o ano de 1327. Sendo baseado no romance do escritor italiano Umberto Eco. Em o Nome da Rosa encontramos o protagonismo da história de vida pertencente a um monge chamado, William de Baskerville (Sean Connery) e a um noviço Adosn de Melk (Christian Slater); que são enviados a um mosteiro na Itália para investigar uma série de mortes misteriosas que aparentemente tinha um aspecto sobrenatural, mas que no fim acabou por ter uma explicação humana. Neste sentido, os monges lutavam contra o paganismo, as heresias, as bruxarias, as descrenças dos infiéis e defendia os dogmas cristãos; atitudes típicas do período Teocêntrico, onde Deus ocupa o centro do Universo. O mosteiro retratado em o Nome da Rosa era mantido com doações dos fieis. Lá eles pregavam a ideologia de que quem doa em terra, recebe cem vezes mais no céu. Buscava conciliar o saber e a razão com a fé cristã, baseados nos ensinamentos da escritura sagrada (a Bíblia).
Assim, segue expondo os escândalos que a igreja católica cometia, tais como: os assassinatos no processo de inquisição, a falsa moral, a manipulação da população pobre e analfabeta e a tentativa de privar o conhecimento, com a prática de ocultar livros considerados contra-indicados, pois os monges acreditam na possível persuasão de comportamentos inadequados aos padrões sociais, comportamentais e religiosos daquela época histórica. Neste contexto, todos os conflitos europeus do período vêm à tona, mostrando homens dedicados à igreja, a luta contra os infiéis, a hegemonia da Igreja Católica e, sobretudo, a massificação da luta contra o pecado e o sentimento de culpa, em função dos representantes do clero dar vazão às libidos carnais, os quis eram punidos com sacrifícios e castigos físicos para purificar o corpo e supervalorizar o espírito.
Em virtude dos acentuados casos de mortes acontecidas naquela casa católica, chega ao mosteiro o inquisidor Sr. Bernardo Gui (F.Murray Abraham), que por reprovar as investigações baseadas na razão sustentada por Baskerville; Gui, então, passa a considerá-lo um dos principais suspeitos e responsável e/ou mentor desses crimes. Contudo, o filme evidencia que as mortes são o resultado do dogmatismo religioso de um monge, decidido a impedir que um livro julgado na ocasião perdido, do filósofo grego Aristóteles, que fala sobre o riso, possa ser conhecido por todos. Nesta contenda, o Monge Superior, mentor e executor das mortes tenta justificar essa conduta alegando que o monge, em si, não deve rir de coisas sem sentido, assim, eles devem buscar o silêncio e jamais falar o que pensa, a não ser que seja questionado. Trazendo a discussão de que a maior parte dos crimes que assolam a humanidade tem por base o dogmatismo e a intolerância de quem pensa ter o monopólio da verdade e o direito de impor aos outros sua verdade, o filme o Nome da Rosa é revelador do pensamento dos radicais católicos que prevaleceu durante toda Idade Média.
Por fim, conclui-se que o principal tema abordado pelo filme assistido foi o dogmatismo religioso e a busca de ocultar o conhecimento, visto como uma ameaça potencialmente perigosa à existência da supremacia cristão/católica que impôs a sua dominação durante longos séculos da nossa era. A biblioteca era construída como um labirinto, para dificultar seu acesso. Os livros tinham de ser copiados à mão por monges, em conseqüência disso, esses livros eram bastante raros, grandes e de difícil manuseio e acesso. Ninguém tinha permissão para entrar na biblioteca, lá continha obras de consulta, poucos livros nas prateleiras e a maioria ficavam escondidos na torre. O Livro sobre comedia desaparecido ao ser paginado soltava substancias na ponta dos dedos, que acabavam atingindo a corrente sanguínea levando o leitor a morrer envenenando, então o seu conteúdo não podia ser divulgado, pois alegavam que “o riso mata o temor a Deus”.
Baskerville ao desvendar o motivo das misteriosas mortes realizadas em sete dias, tenta também se livrar das acusações, arriscando sua própria vida em nome da verdade e da cultura. O próprio título “O Nome da Rosa” é uma expressão criada na Idade Média para denotar o infinito poder das palavras. A palavra é dotada de uma essência, tem caráter universal, é imortal, ao mesmo tempo em que transitória e passageira, como uma rosa. Muito certamente, o filme não agrada aos católicos conservadores, mas exemplifica ricamente o período Teocêntrico e o pensamento do homem da Idade Média.

6 comentários:

  1. Além de prender o leitor no suapense dos assassinatos, na minha opinião, o filme pretende levar a reflexão sobre o forte poder da Igreja na Idade Média, como também do Estado em controlar o conhecimento. Por outro lado, permite a quem assiste, refletir sobre o domínio e o controle da informação que, em certa medida, pouco mudou nos dias atuais.

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  2. Sempre me recordo do filme para não lamber os dedos ao passar as folhas de algum livro. O filme dá uma lição de história e repito vale a pena confirir...

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  3. Esse filme é totalmente diabólico, só não ver quem é cego, ele retrata a verdadeira imagem da igreja católica. Serve como uma prova do verdadeiro paganismo na face da terra. Por isso Nós os crentes devemos pregar o evangelho. Pois JESUS, está para voltar. Portanto nós da reforma protestante
    devemos já começar a anunciar a verdade.
    Viva JESUS Amém.....

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    1. Deus não tem religião, ele nos pede apenas uma coisa amar a Deus sob todas as coisas e as pessoas como queremos que as pessoas nos ame.

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  4. envangelicos idiotas.. vao la dar seus salarios ao pastores,em vez de fazerem caridade vcs pagam os carros de luxos e vida boa a esses covardes fingidos

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  5. Gente, por favor não acreditem em certos tipos de religiões, pois o homem veio para confundir os outros.Tenham sempre Deus no coração e siga a biblia, esse é o melhor caminho.Padres,pastores e outros não são Deus eles só querem dinheiro, quem faz o bem de verdade não quer nada em troca!

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